Às vezes as coisas se misturam, as cores se bagunçam e parece que o chão sumiu. Nada é exato e tudo confunde. Fase? Não sei, mas essa hipótese não pode ser descartada. O grande problema dessa bagunça estrutural é lidar com o conceito de que você é uma pessoa descontrolada e até mesmo desagradável de se ter por perto.
Ficar se explicando, justificando cada ocorrido, cada palavra e em momentos até parecendo ridícula e infantilizada não é nenhum pouco legal... Fiquei preocupada com isso e com essa coisa toda de “guardar minha imagem”, ou melhor, esconder o que estou sentindo. Mas quem se importa com esse negócio de politicamente correto? Apenas 99,9% da população, porém não podemos esquecer que eu faço parte de 00,1% das pessoas que não querem se preocupar, mas acabam se preocupando por fazer parte do sistema. Isso deixa tudo ainda mais critico.
Andei pensando sobre o que um amigo um dia conversava comigo a respeito de dar ou não ouvidos a comentários baixos a nosso respeito. São conversas desgastantes e estressantes que sempre nos deprimem e nos fazem sentirmos as piores pessoas da face da terra. São comentários muitas vezes desnecessários, feitos por pessoas que não se preocupam com os nossos sentimentos e não tem a mínima consideração com o choque que algumas palavras podem nos causar.
Eu me pergunto então o porquê de tanta preocupação com o que as pessoas pensam de nós? É uma questão de relaxar, esfriar a cabeça e encontrar as respostas para ajeitar as coisas através das nossas próprias conclusões. Apenas nós mesmos nos entendemos tão bem ao ponto de sabermos exatamente do que precisamos para ficar numa boa. Os comentários, os “eu achos” da vida e as opiniões dos outros devem ficar para aqueles momentos que não temos nada para fazer e queremos apenas ver alguém tagarelando sem parar só para podermos dar umas boas risadas.